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Solidaridad apresenta em congresso a experiência de criação do Extension Solution

Artigo revela o processo de elaboração do aplicativo voltado para técnicos, que se baseou em entrevistas com profissionais da América Latina e África

Com base na experiência do aplicativo móvel Extension Solution, a área de Soluções Digitais da Solidaridad Brasil apresentou, durante o Congresso de Transformação Digital (CTD) 2019, o artigo “Transformação digital e extensão rural: um relato de ideação”. Elaborado pela designer de experiência do usuário (UX) Bárbara Uehara e a especialista em taxonomia Amanda Pacini de Moura, o trabalho descreve o processo realizado por meio de um laboratório de ideação para a criação do aplicativo, incluindo o levantamento de perfis de usuários, o mapeamento de jornada do usuário e o desenho de protótipos iniciais. O evento aconteceu entre 27 e 29 de novembro, em São Paulo.

Segundo Bárbara Uehara, as inovações digitais desenvolvidas pela Solidaridad como organização da sociedade civil despertaram interesse dos participantes do evento

Desenhado pela Solidaridad, o aplicativo foi lançado em dezembro de 2018 para aumentar a eficiência da Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). O aplicativo, utilizado por cerca de 70 técnicos extensionistas, permite um ganho de escala no acompanhamento de produtores e produtoras, agilizando a coleta de dados, a geração de recomendações individualizadas por parte dos técnicos extensionistas e o monitoramento do progresso dos produtores. Somente este ano, o aplicativo registrou o cotidiano de mais de 2 mil produtores brasileiros.

O artigo descreve o início do desenvolvimento da ferramenta, guiado por uma pesquisa realizada por meio de entrevistas com cinco extensionistas da América Latina e África. A partir das respostas, foi possível gerar contribuições para o laboratório de ideação – metodologia que busca gerar novas ideias e oportunidades com foco nos problemas identificados. As técnicas de Design Thinking e Design Sprint foram usadas como metodologia.

As informações coletadas pelos técnicos potencializam o uso dos dados coletados

A partir daí, uma equipe multidisciplinar trabalhou na definição da jornada do usuário, baseada na rotina dos extensionistas ao longo de três dias. A análise das informações gerou dois protótipos em papel que serviram de modelo para os protótipos digitais. Em seguida, as ferramentas passaram para a fase de testes e melhoramento.

A despeito de a transformação digital acontecer de forma cada vez mais acelerada no campo, ainda há pouco acesso às novas tecnologias por parte dos pequenos produtores. Portanto, as soluções digitais da Solidaridad Brasil foram criadas para que produtores obtenham informação sobre melhores práticas de gestão e produção, bem como potencializar o uso dos dados coletados em campo no processo de adaptação dos sistemas de produção. “A criação delas deve almejar melhoria da vida dos seres humanos. E a passagem para o mundo da transformação digital exige esforço”, comentou Bárbara Uehara.

REFLEXÃO E APRIMORAMENTO

Para Amanda Moura, escrever e apresentar o artigo foi uma oportunidade de reflexão sobre o próprio trabalho. “Além disso, compartilhamos o conhecimento produzido pela Solidaridad em um espaço dedicado à discussão e à troca de experiências. Isso é essencial para a evolução do nosso trabalho e para o sucesso das soluções digitais”, completou.

Na avaliação da Gerente de Programas da unidade de Soluções Digitais da Solidaridad, Violaine Laurens, desenvolver soluções digitais adequadas à realidade do campo e às necessidades dos produtores é um desafio estimulante e que exige um processo de melhoria constante. “E participar do congresso foi uma oportunidade única para compartilhar nossa experiência, aprender de outras iniciativas digitais e entender melhor como tendências do setor podem abrir novos horizontes para o nosso trabalho”, observou.

Este ano, o CTD teve o objetivo de estimular a criação, a disseminação e a aplicação de conhecimento da área de transformação digital na integração entre negócio e tecnologia e entre academia e mercado. O evento foi organizado pelo Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas.

Leia aqui o artigo na íntegra

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